domingo, 3 de julho de 2011

A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR

Analisou-se com o presente estudo sobre a formação dos professores do ensino superior, a compreensão e a necessidade na qual, estes profissionais da educação têm em obter uma formação continuada. Buscou-se explicitar questões sobre a formação dos docentes que trabalham com o ensino superior, onde a procura pelo saber deve ser constante, porém, para que haja o equilíbrio contínuo na educação, devem caminhar juntos, o saber e o desenvolvimento pedagógico. Percebe-se a necessidade que advém das atitudes desses profissionais sobre o processo de ensinar e aprender, pois, cabe ao docente ser reflexivo para que a formação de alunos graduados tenha referência de um bom ensino. Conclui-se, portanto, que todos os profissionais da educação do ensino superior ou do ensino básico devam optar por uma formação continuada, pois compete a eles o inicio da construção de um cidadão.

PALAVRAS-CHAVE: Professores, ensino superior, educação.

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*Autora – Licenciada em Biologia, aluna de pós-graduação da Posead

1. INTRODUÇÃO

Chegada a era tecnológica, onde tudo ficou mais fácil, como se comunicar com alguém do outro lado do mundo e, poder falar e vê-lo em tempo real. Isso tudo pode até deixar alguns conturbados, enquanto outros se adéquam com sabedoria e precisão.

Sabe-se, portanto que esta tecnologia entrou também nas escolas, que antes caminhavam por passos nulos, professor e aluno, onde apenas um (era assim que se pensava) detinha o conhecimento e o outro só estava ali para assistir e assistia bem calado, comportado a tudo aquilo que empunha o “querido mestre”.

Os fatos mudaram e o tempo passou, não só os professores sofreram modificações em suas atitudes e atos, mas, os alunos também, pois, hoje os professores mediam conhecimento, organizam idéias, mas, não são mais os donos da verdade, são construtores de pensamentos e valores.

Sabe-se que, nos dias atuais os professores precisam obter uma formação continuada, para que, sempre possam atuar em sala de aula com um misto de informação e saber, onde a informação se obtém de leituras e meios de tecnologias atuais e, o saber, que detém os conhecimentos científicos de sua área específica.

Percebe-se, porém, que a formação continuada de professores para o nível superior é compreendida de pesquisas, onde visa em sua respectiva área de conhecimento obter aprendizagem por meio de metodologias diferenciadas, que contribuem para sua atual formação. Em vistas destes pressupostos, cabe ao professor-formador verificar que, este mesmo conhecimento deva ser repassado aos alunos de forma diferencial de suas metodologias de aprendizado, pois, a pesquisa é uma forma de absorver conhecimento, porém, as metodologias que serão ministradas em sala de aula, deverão obedecer a critérios pedagógicos de forma que, os alunos possam entender, compreender e, saber criticar, para que assim venha a ser construída a formação de um novo cidadão. É o que cabe hoje a cada professor.

2. A FORMAÇÃO DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO.

A docência seja no ensino básico, seja no ensino superior está plenamente pautada na formação continuada deste profissional, que deve sempre buscar o novo com intuito de realizar sua prática pedagógica atendendo as expectativas dos alunos no que diz respeito ao processo ensino aprendizagem.

É importante ressaltar que um dos maiores desafios do século atual, onde as pessoas estão em busca de raízes e referências, está em aprender a viver juntos neste mundo globalizado, e a educação emerge como o grande trunfo, por possibilitar o desenvolvimento contínuo de pessoas e das sociedades. A educação precisa estar organizada em torno de quatro idéias fundamentais: aprender a conhecer (adquirir cultura geral ampla e domínio aprofundado de um reduzido número de assuntos, mostrando a necessidade de educação contínua e permanente), aprender a fazer (oferecendo-se oportunidades de desenvolvimento de competências amplas para enfrentar o mundo do trabalho), aprender a conviver (cooperar com os outros em todas as atividades humanas) e aprender a ser, que integra as outras três, criando-se condições que favoreçam ao indivíduo adquirir autonomia e discernimento.

Segundo COUTINHO (2007), entende-se que a profissão docente como um processo reflexivo torna-se cada vez mais complexa, pois as dúvidas, a individualidade das ações e as divergências são aspectos constantes que o profissional da educação se depara na cotidianidade. Por esse motivo é que o professor precisa cada vez mais está e se sentir preparado para vencer esses obstáculos em seu dia-a-dia.

Portanto a formação de professores está hoje no centro dos acontecimentos do mundo da educação, suscitando aprovações e divergências e apontando para a necessidade de se fazerem reformas na área. Os motivos dessas reformas estão ligados, para alguns, aos resultados negativos do desempenho escolar, que não têm atendido às exigências do mundo do trabalho. Deve-se atentar para a reforma na formação de professores como uma tendência internacional, ligada às exigências dos organismos multilaterais, que visam atender ao processo de globalização/mundialização. A partir dessa lógica procuram-se identificar os postulados de base da reforma, o quadro conceitual, os aportes metodológicos que vêm dando suporte ao processo. Diante disso apresentam-se alguns eixos que sustentam as reformas na formação de professores, tais como: a ênfase na formação prática/certificação de experiências, a formação contínua e a pedagogia das competências, analisando a importância de cada um de maneira contextualizada.

Até aqui, falou-se muito na importância da formação do professor, porém deverá ser discutido sobre os mecanismos que são viáveis para tal formação no que se refere ao currículo adotado no processo de formação do docente. Ministrar aula, não é tão simples como se imagina e se durante o processo de aquisição de conhecimento do docente ficarem lacunas, provavelmente ele terá dificuldades em sua prática. É por está razão que se reporta ao currículo, pois o mesmo precisa encontrar-se bem elaborado sem atender a interesses de uns ou de outros, mas sim da educação de qualidade e de caráter instrucional com intuito de “construir” cidadãos pensantes e transformadores inseridos em uma sociedade.

Existe uma área do conhecimento, a didática, que é de fundamental importância na vida profissional do docente, pois sem ela é difícil pensar em estratégias que levem ao sucesso do trabalho a ser desenvolvido em sala. A didática não dá um manual para o docente de como ele deve trabalhar, mas proporciona que sua mente se abra para novas idéias de pensar e agir dentro de uma visão pedagógica que contribua para a aprendizagem do aluno.

Mas será que todo professor universitário consegue atingir seu público de maneira satisfatória, independente de sua titulação, levando em consideração a didática trabalhada? Sabe-se que a formação continuada deve caminhar sempre com o docente universitário e sua prática acima de tudo deve ser pautada em uma ação reflexiva, pois ele trabalha na formação de futuros profissionais atuantes no sistema educacional.

3. CONCLUSÃO

Este presente estudo visou refletir sobre algumas questões referentes à formação de professores que atuam no ensino superior.

Todos os profissionais da área da educação devem e precisam de uma formação continuada, pois, o professor, dentro da sala de aula, não deve ser apenas o transmissor de conhecimento e, sim ser o professor-formador que saiba passar esse entendimento a seus alunos, com uma estrutura pedagógica adequada em relação ao nível em que se encontra.

Para que a formação de um professor seja contínua, ele deve, portanto, ser reflexivo em perceber que não é detentor de um saber inacabado e, que através disso possa compreender que o saber e a prática pedagógica devem funcionar em conjunto, pois, de acordo com Bolzan (2002) ao refletir sobre sua ação pedagógica, ele estará atuando como um pesquisador da sua própria sala de aula, deixando de seguir à risca os métodos impostos pela administração escolar, ou de guias estratégicos, como livros didáticos e outros, para que assim possa vir a ser um profissional de conhecimento técnico-específico e pedagógico.

Portanto, cabe ao professor de ensino superior saber diferenciar as atividades de docência em sala de aula com a prática que adquiriu como pesquisador, todavia, deve atuar em sala de aula como profissional preparado na construção de novos cidadãos, pois, segundo Marcelo Garcia (1997, p.66), “a iniciação profissional dos professores constitui uma das fases do “aprender a ensinar” que tem sido sistematicamente esquecida, tanto pelas instituições universitárias como pelas instituições dedicadas à formação em serviço dos professores”.

BIBLIOGRAFIA

BOLZAN, Dóris. Formação de professores: compartilhando e reconstruindo conhecimento. Porto Alegre: Mediação, 2002.

COUTINHO, R.M.T. Pedagogia no ensino superior: formação inicial e formação continuada. Halley S.A. Gráfica e Editora.Teresina: 2007.

MARCELO GARCIA, Carlos. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. IN: NÓVOA, Antônio (Org) Os professores e a sua formação. Lisboa, Portugal: Dom Quixote, 1997. P.51-76.